Ter banco de couro no carro representa luxo e requinte. Mas para manter o revestimento com aspecto de novo é preciso alguns cuidados. Especialistas orientam que, dependendo do uso e da região do país, o couro deve ser hidratado em prazos que vão de dois a seis meses. O mesmo vale para os veículos com revestimento em couro sintético.

Cláudio Saldanha, diretor patrimonial da empresa César WJ, diz que o couro pode ter vida útil de até cinco anos, e que o prazo para hidratação do couro e do couro ecológico varia conforme a umidade do ar de cada região. No Norte e Nordeste, devido ao uso constante do ar-condicionado, o ideal é que a hidratação seja feita a cada dois meses. No Sudeste, o prazo aumenta para quatro meses, e, no Sul do país, de seis em seis. “O couro é como a pele humana, precisa tratar senão resseca”, afirma Saldanha.

A tonalidade do couro também influi no prazo de limpeza. Em revestimentos de cor clara, o ideal é que a limpeza seja semanal, já que até mesmo a roupa e objetos nos bolsos, como chaves, podem sujar o revestimento. No caso de um couro manchado só mesmo um profissional especializado será capaz de retirar as marcas. Se o revestimento não tiver nenhuma mancha, o serviço pode ser executado pelo próprio dono do carro, usando pano úmido com sabão ou detergente neutro. Para secar o revestimento, basta usar uma flanela.

A fabricante Nissan também orienta que caso seja necessário a limpeza que se use sabão neutro e água e frisa que cuidados regulares e limpeza são necessários para manter a aparência do couro. Ainda segundo a Nissan, substâncias como sabão em pasta, ceras automotivas, polidores, óleos, fluidos de limpeza, solventes, detergentes ou limpadores à base de amônia não são recomendados. Tais produtos podem danificar o acabamento natural do couro.

Hidratação

A hidratação pode ser feita logo depois da limpeza. Saldanha diz que o ideal é o cliente usar um hidratante líquido para uma maior penetração no couro. “Se o hidrante for bem refinado, melhor será sua absorção pelos poros do couro”, afirma.  A retirada do excesso pode ser feita, em média, 40 minutos depois da aplicação. Entretanto, Saldanha diz que se o usuário estiver usando hidrante líquido e fizer a aplicação na parte da tarde e puder retirar o excesso pela manhã, mais aveludado o couro ficará.

O empresário Robson Santos Vilela, proprietário da empresa Safety Car, também afirma que o próprio dono do carro pode executar o serviço. Vilela orienta que antes de efetuar a hidratação é necessário lavar o banco com sabão neutro com o uso de uma espuma e secar com um pano limpo.  Assim que a superfície revestida em couro estiver seca, ela já pode ser hidratada. “Mas é bom usar um hidratante de boa qualidade”, diz Vilela.

Couro ecológico

Os cuidados com limpeza e hidratação seguem o mesmo padrão usado nos revestimentos de couro. Porém, Saldanha orienta que o dono do carro evite deixar o veiculo muitas horas exposto ao sol, pois, diferente do natural, o revestimento sintético ressacará. Caso isso aconteça, ele vai quebrar todo.

Dono de um Volkswagen Golf 2002, o gestor de frotas Robson Geraldo de Almeida Pires, tem hidratado o banco de couro do seu carro com creme Nívea. O modelo foi adquirido recentemente, e Pires já viu diferença na hidratação. “Em partes onde o couro estava quebrado, ele já está mais liso”, diz Pires. Ele já fez quatro hidratações com frasco do hidrante corporal, e, segundo ele, a alternativa deixou o revestimento com um aspecto melhor e mais macio. Ele notou melhora até mesmo em lugares onde o revestimento estava esfolado. “Não recupera, ele está rachado, mas pelo menos fica mais macio”, diz Pires.

Entretanto, a hidratação como este cosmético não é recomendada pelos fabricantes automotivos. De acordo com a Fiat, o creme irá provocar uma saturação no couro e reduzir a sua vida útil, principalmente em locais de grande umidade. O fabricante ainda alerta que o creme pode exalar matéria volátil engordurando os vidros e até mesmo causar o escorregamento do usuário sobre os assentos.

Reparos

Tanto Vilela quanto Saldanha dizem que pequenos reparos podem ser feitos em peças com danos causados por cigarro ou esfoladas pelo uso. Como o revestimento é costurado em pedaços, muitas vezes pode se trocar somente a parte danificada. Porém, segundo Saldanha, em alguns casos, o melhor é trocar toda peça ao redor da danificada, pois, muitas vezes, de um lote para outro há diferença de tonalidade do couro. Ele diz que o mais caro é a mão de obra e nesse caso trocar toda a peça não faria tanta diferença no custo final do reparo.

Em alguns casos, se o dano for somente um pequeno arranhão, o reparo pode ser feito com pintura no local afetado sem ter que retirar a peça. Para que reparos assim sejam feitos, Saldanha explica o dano não pode passar da superfície da pigmentação. Esse serviço tem um valor mais em conta para o cliente.

FONTE: AUTO ESPORTE

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